BEM-VINDO À MINHA MENTE!

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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Do coração.

Uma casa. Uma daquelas casas que tu pensas: "Quero morar nela!". Mas a casa quer que outrém more nela, não você. Inevitavelmente.
Você pode passar um tempo, e visitar quando quiser, mas não pertence a você. Era a casa mais bonita de São Paulo, mas quanto a seu próprio parecer sobre si, era modesta; não via nada de demais. Mas para mim, era o que de mais incrível havia quisto em muito tempo! E se tivesse, um dia, poderia, então, partir para o mundo com a certeza que moraria no melhor lugar. Essa casa... ah, essa casa é o coração da M. Venancio.

domingo, 10 de agosto de 2014

Antes de um Refrão de Bolero

Depois de um tempo em alto mar e você viajando fazendo shows, estamos em casa, juntas. Você está lá embaixo, no estúdio, fazendo barulho, como você diz. E eu vou lá, daqui a pouco, ajudar você. Tava aqui pensando em compor uma música e te dar de presente, cantar pra você. Também queria saber tocar violão, aí eu cantaria pra você, mas sei das minhas limitações. Nisso você certamente é melhor que eu. Vou dar uma ajudinha com os projetos de marketing, também, estudar sobre a nova campanha que você tá preparando. Gosto de participar das suas coisas.
Voltamos da Europa, recentemente, e como é bom viajar com você e olhar pro seu rosto, ver empolgação nele, felicidade. Por falar nas suas caras, adoro quando você tá irritada, e fica irritada quando eu peço pra ir ao supermercado comigo. Você não vê sentido nisso, cada vez vê menos sentido, mas eu gosto quando você tá comigo. Pra compensar eu torço pro Santos, junto com você, e te levo petiscos que eu mesma preparo e cerveja. Quanto sacrifício ver esse time em campo! Só o que você não sabe é que às vezes eu fico torcendo contra. hahaha
Ah! Você ainda não sabe, mas eu tô achando seu carro pequeno. Vou comprar um SUV pra você, acho que combina muito. Só falta me decidir entre o Freemont, Sportage e o Tiggo. Enquanto isso, vou lá embaixo te ajudar pra você terminar logo e a gente ir ao cinema. A melhor ideia que eu já tive! Construir logo o cinema aqui em casa. É um saco ter que sair. E o salão de jogos? Você adora. Eu adoro! Sem falar na piscina! Mas depois do cinema, acho melhor a gente ir pra jacuzzi, vou mandar os empregados prepararem. Ah velho, que sonho! Se você não fosse tão maluca, eu não teria nada que me impulsionasse e a gente não viveria tão bem.
Pra quem dizia que não era interessante, acho que você tá indo bem. Gosto da vida que a gente leva! Só vai ser chato ter que sair a noite. Não sei porque você curte tanto isso! Pra você São Paulo é fantástica e eu acho a nossa casa mais fantástica ainda. Só curto sair em poucas ocasiões, como quando é pra te ver no show. Mas tudo bem, vamos juntas. Quanto agora, tô indo lá no estúdio... 

Uma quarta-feira

Tantas coisas a fazer, tantas fomes pra vencer. Cada refeição, uma guerra, contra a preguiça. Cada extremismo me parando. Quando um não realizado, nada feito. Cada estresse um arrependimento e se fosse um poema, não rimava. Tanto que eu quis que fosse eterno, e o eterno parou. Cada conversa, uma leveza e cada gargalhada, aumenta o amor. Em todo caos uma incerteza, as vidas andam e eu observo. Juntos nós não podemos ficar. Números diminuem, mas só se eles não forem de escolhas. Tantas coisas deixadas pra trás que eu não quero nem parar pra pensar. Pensei agora em Carlos e Gustavo, pensei que fosse Bruno e Daniel, o mundo gira muito rápido e isso às vezes me assusta. Só não assusta mais que a minha preguiça camuflada em extremismo que me faz ficar com fome, escrevendo no sofá e evitando o sol que tanto desgosto.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Sonho Real Ordinariamente Perfeito

Essa não é uma história com a qual você se identifique...
O que contar-lhe-eis não passa de um mero sonho...
Mas que desconfio que um dia foi real...


Não lembro-me se foi combinado, mas em uma terça-feira, por volta das 7 da noite, chegaste, me viste e foste falar comigo...
Abraçaste-me, olhaste-me, e eu senti que aquela não seria uma noite ordinária, seria diferente de todas as quais eu já havia vivido...

Após perder-me em minutos de conversa contigo, pude ver o espaço onde estávamos esvaziar-se de pessoas, e em noites desertas, chega até mim o medo de andar sozinha! Disseste-me que querias fumar e então me acompanharias até o ponto de ônibus, e assim o fez!
Parou para fumar, mas te impedi de fazer isso, fumaça de cigarro era uma das coisas que me incomodava bastante. Fomos até o ponto de ônibus mais próximo, mas eu não queria ir embora, tua presença era como um imã. Sugeri que fossemos até outro ponto de ônibus, mais longe... assim eu poderia desfrutar de tua companhia por mais tempo.

Chegamos, sentamos, e ficamos conversando enquanto as horas passavam...
"8 da noite, não é possível, tenho que ir para casa, não posso chegar tarde!"
Mesmo que o sentimento de desespero tomasse conta de mim, eu ainda assim não conseguia ir embora. Disseste-me que teria que voltar para onde estávamos para pegar tua bolsa, e eu te acompanhei.
Quando estávamos saindo, me abraçaste... e ainda tinhas o melhor abraço do mundo! Saímos sem um destino definido, mas provavelmente seria outra parada de ônibus, pois eu precisava mesmo ir embora...
Andamos, acendeste o cigarro e o cheiro da fumaça que saía da tua boca não me incomodava, não mais. Talvez porque fosses tu quem estivesse fumando...
Chegamos até uma parada de ônibus mergulhada em uma penumbra intensa, quase escura e ficamos frente a frente, nos olhando...
Lembro-me de quando eu tentei olhar para o lado... com o dedo indicador voltaste meu rosto de frente para o teu...
Das conversas que tivemos não lembro, mas do teu olhar e do teu rosto, lembro-me perfeitamente!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Primeiras Sensações

Fumaça no ar... você fumava enquanto eu te olhava. Teu jeito de fumar é tão elegante e gracioso que eu me impeço de te impedir de o fazer!

Incrivelmente, o cheiro do teu perfume e o cheiro do cigarro malboro combinam! Nunca pensei que dois cheiros tão distintos combinassem tanto. Até hoje quando fecho os olhos, penso em ti e respiro fundo, o teu cheiro vem até mim. Acho que ele estará em mim enquanto eu lembrar de tudo! Enquanto eu viver!

Quis ir embora, mas me impediste.

Estavamos na companhia de um amigo, chegamos à um local movimentado e avistamos um homem sentado sozinho tocando violão, então me perguntaste se eu já tinha conhecido alguém "do nada", respondi que não e então fizemos isso. Parecia que já tinhas feito isso tantas vezes, mas aquela era a primeira vez que eu fazia aquilo.

Não era a última coisa que eu faria pela primeira vez naquela noite...

Nos aproximamos do homem e disseste:
- Oi, a gente pode ouvir?
Jhow - chamava-se Jhow - continuou tocando e acenou positivamente com a cabeça. Ficaste em pé na minha frente fumando e eu fiquei quase hipnotizada olhando a fumaça que saía da tua boca se disperçar no ar, enquanto ouvia o som do violão e a voz do homem super rouca. Eu quase não entendia o que ele cantava, mas eu sabia de cór todas as músicas as quais ele cantava. Não demoraste a perceber que eu sabia as músicas e que eu estava cantando e um leve sorriso desenhou-se em teus lábios.
Jhow lançava-me olhares furtivos seguidos de sorrisos ladinos e insanos enquanto cantava, parecia que cantava para mim e me olhava como se quisesse dar um close em meu rosto, me fotografar com os próprios olhos, e me guardar para sempre em si! Isso me dava medo. Fiquei de pé por conta da inquietação que me causava ver os olhares dele. Eu queria ir embora pois estava tarde.

Quando ele se retirou, nosso amigo pegou o violão do estranho e começou a tocar!
Tu estavas sentada de costas para mim, então pegaste meus braços e te envolveu se apoiando em mim. Apoiei meu rosto sobre sua cabeça por um instante e pude sentir a textura dos teus cabelos. Logo depois, disse-lhe que sentia medo do homem e então pegaste minhas mãos gélidas e beijaste a esquerda. Até hoje posso sentir o toque dos teus lábios. Fechei os olhos, olhei pros céus ao sentir um frio percorrer toda a extensão do meu corpo, um calor que inflamou-me o coração e desejei não ir mais embora!

A sensação que aquele beijo em minha mão me trouxe acompanhada pela melodia do violão ficarão para sempre em minha alma.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Inferno, boa realidade ou ruim ilusão?

“Um verdadeiro Deus não desejaria o inferno para suas criaturas…
Um verdadeiro Deus não desejaria o mal para suas criaturas…

Mas não, não sou um Deus verdadeiro… e minhas criaturas irão para o inferno…”

Fui mandada ao inferno e aqui não tem brasas e até agora o espírito das trevas não se apresentou formalmente à mim. Estou apenas em um labirinto de sentimentos, do qual não consigo sair e sei que não conseguirei sair “viva”.

Desde que cheguei aqui, fiquei comparando tudo o que me disseram sobre o inferno, e sobre o além-vida. Nada era verdade!

O que mais se aproximou foi algo como “inferno psicológico”, onde tudo o que mais temos medo ou não gostamos passa a fazer parte da nossa “vida”, ou “morte”, como queiram. Mas não, não é assim… é bem pior!

Sou levada à momentos felizes, que existiram, na minha imaginação ou não, e eles são tão perfeitos! Me sinto neles, e é tudo tão real!

O meu desejo mais íntimo se realizando, meu amor e eu, juntos. Tudo em sintonia perfeita! Eu e ele em todos os lugares os quais imaginei…
Ele participando de minha vida, compartilhando segredos e também coisas fúteis e banais. Cada parte de nós está feliz simplesmente por termos a companhia um do outro…

Mas que tipo de inferno é esse que me transmite sensações boas? Não é contraditór…

- ONDE ESTOU? O QUE ESTÁ HAVENDO???

Era tudo uma ilusão! Fui levada a acreditar que tudo era real! Elevei-me até o limite dos céus e agora despenco no chão mais rochoso que se pode existir…
Onde está a luz? Alguém pode me ver? Alguém além de meu eco, pode responder-me?

Tudo, menos solidão… e… e onde está ele? Onde? Nós… estavamos juntos! Eu podia jurar…

Um excesso de choro invade-me, mas ele nunca consegue transbordar por meus olhos… sou impedida de expressar meus sentimentos e tudo fica tão preso dentro de mim…

O coração bate tão acelerado que chega a doer… uma angústia proibida de sair do peito dá-me uma sensação de agonia! E não há mais nada o que se possa fazer…

Sinto que vou morrer… mas… eu já não havia morrido? Pode alguém morrer duas vezes?

Sim! Morre-se uma, duas, três vezes…

Morre-se infinitamente!

Ouço uma voz estranha chamar-me e eu reconheço… é minha mãe!
Será que outra vez serei levada a crer em outra ilusão para despencar na realidade?

Começará tudo de novo? A inquietude invade-me novamente, mas tudo fica tão preso dentro de mim!
Continuo ouvindo os chamados… até que abro os olhos!

Nada passou de um sonho! Eu não estava no inferno… eu estou viva…

Aos poucos minha memória começa a recobrar-se, e eu lembro…

Ainda tenho você, ainda posso lembrar que…

Não, não pode ser… não o tenho! Eu o perdi há tanto tempo e a angústia de não ter certeza se o terei novamente me persegue e me mata! E quantas vezes já morri só por pensar nisso? Uma? Duas? Mil vezes ou mais!

Quero ir ao inferno, leve-me para lá… pois eu prefiro cair na rocha mais dura que existe, mas pelo menos lá, eu poderei ter você!

Lá eu posso dizer o quanto eu o amo e o queria tê-lo comigo sem que você me ignore, sem que eu não pareça ridícula…

Leve-me ao inferno… pois lá, eu terei você, mesmo que em uma doce ilusão em estado de putrefação!

“Quando Deus fez suas criaturas, talvez estivesse magoado. Pois crio meus textos para fugir da minha realidade! Quando não aguento mais sofrer… componho e isso me deixa menos triste. Palavras, eu amo vocês!” [Camila Náthary]

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Guerra Interna

Algumas pessoas agem como covardes e outras tem medo de agir assim. Eu faço parte do segundo e seleto grupo.
Ama-se muito alguém, até descobrir-se os defeitos e não saber lidar com eles. Incrivelmente, eu aceitei cada defeito do ser que amo, mas descobri um defeito que me cortou o coração. Surge um diálogo em mim;
Minha mente pergunta-me: "Esvaiu-se o amor?" Respondo: "Não sou covarde!". Trava-se agora uma guerra em mim.